A
Escola Básica de S. Miguel tem vindo a desenvolver um projeto que designámos de
“(En)Cont@-me”. Esta iniciativa objetiva trazer personalidades do meio em que a
escola se insere a falar sobre temas os mais diversos procurando estabelecer
interações entre a escola e o meio. Em simultâneo, à medida que a conversa vai
decorrendo, um ilustrador vai acompanhando o que se diz plasmando-o no papel.
No Dia
da Europa lembrámos “o Portugal sem fronteiras” dos anos 60 do século passado,
quando o contrabando era o dia a dia e não se respeitavam fronteiras. Uma atividade ilícita praticada por pessoas de todas as idades. Ouvimos
falar dos carabineiros, dos contrabandistas, da troca de castanhas por
azeitonas, dos carregos ou cargas de tabaco e café, do contrabando de azeite,
que se fazia em larga escala em odres, e dos passadores. Um dos maiores
passadores da zona da Raia foi António Salsa. Ficámos, ainda, a saber que
existiam grupos organizados que faziam o contrabando de açúcar, cereais, tabaco
e café por azeite, guloseimas, tecidos e sapatos. Tudo vinha de Espanha! O
leite era vendido às espanholas, mas era misturado com água!
No
decurso da sessão, a professora Anabela Brigas expressou numa tela, de forma
muito realista, as vivências relatadas pelos convidados.
Obrigada
aos convidados Amílcar Silva e José Manuel Campos pelo seu contributo! Gostámos
muito!
Aprendemos também um pouco da gíria quadrazenha:
Moienes não se altanou Eu não me casei
Nem se crunhe altanar Nem me quero casar
Tunho jeca dos manegos Tenho raiva dos rapazes que
Que não sabunhem galrar. Que não sabem namorar.
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